Receber o diagnóstico de um tumor cerebral, ainda que benigno, pode gerar muitas dúvidas e inseguranças. A resposta depende de vários fatores, como o tamanho, a localização e o comportamento do tumor ao longo do tempo.
Um tumor benigno é uma massa de células que cresce de forma localizada e não se espalha para outras partes do corpo. No cérebro, mesmo sendo benignos, esses tumores podem interferir no funcionamento normal do organismo, dependendo de onde estão localizados e de como se desenvolvem. Alguns podem comprimir estruturas importantes, causando sintomas como dores de cabeça, alterações na visão, perda de memória ou dificuldades motoras.
Sempre é necessário operar?
Nem sempre. Em muitos casos, o tratamento mais indicado é o chamado acompanhamento clínico, também conhecido como “conduta expectante” ou “espera vigilante”. Isso significa que o tumor é monitorado por meio de exames de imagem periódicos, como ressonância magnética, para verificar se está crescendo ou causando alterações funcionais.
Se o tumor estiver pequeno, assintomático e não estiver pressionando áreas críticas do cérebro, o médico pode optar por apenas observar. Essa é uma conduta segura e eficaz em muitos casos.
A cirurgia pode ser necessária quando o tumor:
- Está crescendo progressivamente;
- Começa a causar sintomas, como crises convulsivas, dores de cabeça intensas, distúrbios visuais ou motores;
- Está localizado em uma área onde o crescimento pode comprometer funções importantes;
- Apresenta risco de complicações, como compressão de vasos ou aumento da pressão intracraniana.

Nesses casos, a remoção cirúrgica tem como objetivo aliviar os sintomas, preservar a função cerebral e evitar problemas futuros.
A transformação de um tumor benigno em maligno é rara, mas pode acontecer em alguns tipos específicos. Por isso, o acompanhamento regular é essencial para detectar qualquer mudança no comportamento do tumor o mais cedo possível.
Vivendo com um tumor benigno
Muitos pacientes convivem com um tumor cerebral benigno por anos sem qualquer necessidade de cirurgia. A chave está em manter o acompanhamento com um especialista, realizar os exames indicados e estar atento a qualquer sintoma novo.
Caso a cirurgia seja indicada, é importante saber que, atualmente, os avanços na neurocirurgia permitem procedimentos mais seguros, eficazes e com recuperação mais rápida.