As doenças cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC), são uma das principais causas de morte em mulheres no mundo todo e o risco se torna ainda maior após a menopausa. Mas por que isso acontece?
Durante a fase reprodutiva da mulher, o hormônio estrogênio exerce uma função protetora sobre o sistema cardiovascular. Ele contribui para o bom funcionamento dos vasos sanguíneos e ajuda a controlar fatores como colesterol e pressão arterial. No entanto, com a chegada da menopausa, há uma queda natural e significativa na produção de estrogênio, o que altera esse equilíbrio e aumenta o risco de problemas como infarto e AVC.
Além da mudança hormonal, muitos fatores tradicionais de risco como hipertensão, obesidade, colesterol alto e tabagismo passam a ter impacto ainda maior na saúde cardiovascular da mulher. Isso significa que, mesmo com os mesmos hábitos de um homem, as consequências para o coração e os vasos cerebrais podem ser mais graves no caso feminino.
Outro ponto importante é que certos aspectos exclusivos da saúde da mulher, como a menarca precoce (início da menstruação antes dos 12 anos), síndrome dos ovários policísticos e menopausa precoce, também podem contribuir para o aumento do risco cardiovascular ao longo da vida.

Por isso, é fundamental cuidar da saúde do coração desde a juventude, adotando hábitos como a prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, controle do peso, abandono do cigarro e redução do estresse. Essas atitudes ajudam a proteger o cérebro e o coração, especialmente nos anos após a menopausa.
Investir em prevenção e acompanhamento médico especializado é uma das melhores formas de garantir qualidade de vida e envelhecimento saudável. Em caso de dúvidas ou sintomas como dor de cabeça intensa, perda de visão, fraqueza em um dos lados do corpo ou dificuldade para falar, procure atendimento neurológico imediatamente.