Os efeitos nocivos do cigarro vão além dos problemas respiratórios e cardiovasculares. Para pacientes com condições neurológicas, o tabagismo representa riscos ainda mais graves. Substâncias tóxicas no cigarro, como a nicotina e os metais pesados, comprometem a circulação sanguínea, o que é especialmente perigoso para o cérebro. Esse impacto nos vasos sanguíneos pode aumentar a propensão a doenças como AVC (Acidente Vascular Cerebral), Alzheimer e Parkinson, devido à diminuição do fluxo de oxigênio e nutrientes essenciais ao sistema nervoso central.
O cigarro também acelera o estresse oxidativo, processo que danifica células cerebrais e dificulta a recuperação de pacientes com doenças neurológicas. Em casos de esclerose múltipla, epilepsia e demência, por exemplo, o tabagismo pode piorar os sintomas, levando a uma progressão mais rápida das condições. A nicotina e outras substâncias aumentam a inflamação e aceleram a morte celular, impactando áreas responsáveis pela cognição, memória e controle motor.

Além disso, o tabagismo pode interferir na eficácia de medicamentos neurológicos, como anticonvulsivantes e antidepressivos. Assim, para pacientes neurológicos, parar de fumar é essencial para reduzir complicações, melhorar a qualidade de vida e retardar a evolução de doenças.
Outro ponto crucial é a relação do cigarro com transtornos cognitivos, especialmente na terceira idade. O tabagismo contribui para o declínio cognitivo, comprometendo a memória e a capacidade de concentração, fatores que aceleram o aparecimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Para pacientes com condições já diagnosticadas, a presença contínua de substâncias tóxicas no organismo pode intensificar as perdas cognitivas, piorando sintomas e dificultando o tratamento. Além disso, pesquisas mostram que fumantes têm mais chances de desenvolver depressão e ansiedade devido aos efeitos da nicotina no cérebro, que prejudicam o equilíbrio dos neurotransmissores e elevam os níveis de estresse. Em pacientes neurológicos, onde o controle emocional é fundamental para o bem-estar, o cigarro agrava o quadro, elevando o risco de crises e dificultando a resposta positiva ao tratamento. Assim, cessar o tabagismo é um passo fundamental para pacientes com doenças neurológicas, promovendo não apenas uma vida mais saudável, mas também melhores perspectivas em termos de tratamento e recuperação.