O aneurisma cerebral ocorre quando a parede de uma artéria no cérebro enfraquece e se dilata, formando uma espécie de “bolsa”. O maior risco é a ruptura dessa estrutura, que pode causar um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, uma emergência grave, muitas vezes com risco de vida.
Para quem tem histórico familiar, a atenção deve ser redobrada. Ter parentes de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) que já tiveram aneurisma cerebral aumenta significativamente as chances de desenvolver a condição. Isso acontece porque fatores genéticos podem predispor a fragilidade dos vasos sanguíneos, facilitando a formação dos aneurismas.
Além da herança genética, hábitos de vida semelhantes entre familiares também podem aumentar o risco, como hipertensão arterial, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Por isso, quem tem histórico familiar precisa considerar não apenas o cuidado com a saúde diária, mas também a realização de check-ups preventivos neurológicos.
A decisão sobre a melhor idade para começar a rastrear aneurismas depende do número de familiares afetados e da idade em que os diagnósticos ocorreram.
- Em geral, recomenda-se que pessoas com dois ou mais parentes de primeiro grau com aneurisma cerebral iniciem os exames de imagem entre os 30 e 40 anos.
- Quando existem casos múltiplos em familiares diagnosticados ainda jovens, pode ser indicado começar na faixa dos 20 anos.
- A presença de outros fatores de risco, como hipertensão, tabagismo ou doenças vasculares hereditárias, pode antecipar a necessidade de exames e aumentar sua frequência.
Essa avaliação deve ser feita em consulta com o especialista, que orientará o momento ideal para iniciar o rastreamento.
Exames Mais Indicados
Entre os principais métodos de rastreamento estão:
- Angiografia por Ressonância Magnética (ARM): exame não invasivo, sem radiação, muito usado para identificar aneurismas.
- Angiotomografia: também eficaz na detecção precoce, com boa definição das artérias cerebrais.
- Angiografia Cerebral (cateterismo): considerado o padrão-ouro. É mais invasivo, pois utiliza um cateter com contraste, mas fornece imagens extremamente detalhadas.
A escolha do exame vai depender da história familiar, idade e fatores de risco do paciente.

Mesmo que nenhum aneurisma seja detectado em exames iniciais, isso não elimina a necessidade de vigilância. O risco pode aumentar com o passar dos anos, e novas alterações podem surgir nos vasos cerebrais.
Por isso, consultas regulares com o neurologista ou neurocirurgião são fundamentais. O médico pode ajustar os intervalos entre os exames conforme a evolução do caso e oferecer orientações para reduzir riscos, além de ajudar a lidar com a ansiedade que muitos pacientes sentem ao saber que possuem predisposição genética.
Adotar hábitos saudáveis é tão importante quanto o acompanhamento médico:
- Controle da pressão arterial: fundamental para reduzir o risco de formação e ruptura de aneurismas.
- Abandono do tabagismo: o cigarro fragiliza as paredes das artérias.
- Moderação no consumo de álcool.
- Alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e pobre em sódio.
- Prática regular de atividade física.
- Gerenciamento do estresse, já que o estresse crônico eleva a pressão arterial.
Se você tem histórico familiar de aneurisma cerebral, não ignore esse sinal de alerta. Check-ups preventivos podem identificar a condição antes que ela se torne uma emergência.
Converse com um especialista para avaliar quando iniciar os exames e adote hábitos de vida que fortaleçam não apenas sua saúde cerebral, mas também sua qualidade de vida como um todo.
Prevenir é sempre o caminho mais seguro.